Viajando aprendemos bastante sobre o lugar de onde viemos e fazemos muitos amigos (inclusive outros viajantes), o que nos estimula a seguir viagem rumo a suas cidades para conhecê-las. O problema é que não podemos nos demorar, mas quando voltamos às nossas casas, temos mais motivos para rever estes amigos, assim, passamos a trabalhar em novos roteiros de viagens e nos lançamos com mais energia em todos os nossos demais projetos. - Alberto Jr.

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BB Visa Travel Money

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Em um post anterior prometi fornecer maiores informações sobre o cartão recarregável em moeda extrangeira Visa Travel Money (VTM) que foi recentemente disponibilizado pelo Banco do Brasil (BB) tão logo as conseguisse, então, no dia 15 de dezembro estive em uma agência daquele banco, autorizada a fazer operações de câmbio em Salvador/BA.

Observei que eram muitas as dúvidas dos funcionários do banco quanto às regras do contrato daquele serviço destinado aos viajantes. Resolvi me informar melhor via central de atendimento (serviço telefônico) para só então me decidir entre o Visa Travel Money operado pela agência de câmbio Confidence  ou contratar este serviço pelo Banco do Brasil. De qualquer forma, já havia passado das 14h (horário local) e não era mais possível fazer a compra de moeda extrangeira.

Voltei para casa e naquela mesma noite contactei o auto atendimento e me deram as seguintes informações:

1. O Banco do Brasil só está disponibilizando o Visa Travel Money para seus correntistas. Corresponem a dois cartões, chamados de "titular" e "adicional", sendo que este último será utilizado em caso da perda do primeiro. A taxa da sua emissão é de R$10,00 e R$5,00 respectivamente e o cliente já sai da agência de posse de seus cartões. A tarifa de emissão dos cartões será dada como gratuidade para adesões feitas até março de 2011;
2. Será cobrada uma taxa de U$50,00 em caso de perda, para ser confeccionado um cartão emergencial, que será entregue em qualquer lugar do mundo onde esteja o cliente;
3. As recargas poderão ser realizadas em agências habilitadas para operações de câmbio ou a partir das centrais de atendimento (telefone ou internet) e a tarifa de recarga é de R$7,00, que o Banco do Brasil não estará cobrando por tempo indeterminado;
4. Os saques poderão ser realizados em qualquer terminal eletrônico (ATM) existente no Brasil e no exterior, que serão tarifadas de acordo com a moeda adquirida no contrato, em U$2,50  (dólares) ou e$2,50 (euros);
5. O dinheiro virtual adquirido não tem prazo de validade mas, será cobrada uma tarifa de U$2,50 a partir do 18° mês em que não houverem débitos (tarifa de inatividade);
6. O cartão VTM terá validade de 5 anos e estará vinculado à conta corrente, de forma que, caso o cliente zere o saldo disponível no cartão, o saldo da conta corrente será convertido e disponibilizado automaticamente segundo a cotação de câmbio do dia;
7. Para aquisição de moeda extrangeira em espécie será cobrada uma taxa IOF de 0,38% sobre o valor adquirido. Além disso, será cobrada uma taxa de U$20,00 como Tarifa de Contrato de Câmbio e Edição. Como o Banco do Brasil oferece este serviço também para não correntistas, é possível conseguir uma isenção, caso do cliente informe ser correntista do banco.

Como a moeda brasileira está bem valorizada no momento, fiquei bastante animado com as cotações das moedas de recarga do VTM do Banco do Brasil. As taxas de câmbio fecharam o dia como U$1,00 = R$1,75 e e$1,00 = R$2,32 para Dollar Norte Americano e euro respectivamente.

Para aqueles que optarem pelo serviço VTM do Banco do Brasil fica a dica de utilizar o cartão em pelo menos uma operação de débito (mesmo que seja dentro do Brasil) antes de fecharem os 18 meses de inatividade, para evitar a incidência da taxa.


Abraço!!
Alberto Jr.
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Mochilão Austral

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O desafio do nosso aventureiro agora é correr durante todo o último mês do ano de 2010 para entregar os trabalhos pendentes na empresa e finalmente carimbar o passaporte para embarcar no Mochilão Austral.

Se tudo der certo, ele seguirá direto de Salvador da Bahia para Foz do Iguaçú/PR, onde iniciará um louco mochilão, de carona, acampando e se hospedando com nativos através do Paraguay e Argentina até o fim do mundo, isso mesmo, a argentina cidade de Ushuaia localizada na Terra do Fogo, encontra-se na extremidade sul continental das Américas, correspondendo à cidade mais ao sul do planeta, região que é reconhecida mundialmente como "el fin del mundo". Depois disso, nosso louco herói vai seguir viajando "a dedo" pelo Chile na direção norte desde Punta Arenas até Santiago de onde tomará um vôo de volta a Salvador.

Ele acredita que melhorará bastante o castelhano e conhecerá muita gente assim pois, normalmente, neste estilo de viagem se está trajado de forma simples e carregando uma mochila nas costas, fazendo com que, de forma natural, se aproximem quase sempre aqueles que são movidos pelo sentimento mais nobre que o ser humano pode ter, o amor. Com um pouco de tempo percebemos que se tratam das pessoas mais incríveis e generosas que poderiam ter cruzado nosso caminho, as transformando em "grandes prêmios" da viagem, mais importantes que as cidades e paisagens que tínhamos saído para apreciar.

Até então, todos os preparativos em termos de equipamento já foram tomados e destaque vai para as Botas Salomon (modelo Mega Trek 6LTR GTX) adquiridas em Buenos Aires ao final do Mochilão Inca (início de fevereiro deste ano) e que estavam em fase de amaciamento desde então. Segundo minha experiência elas foram consideradas como as botas mais confortáveis e transpiráveis dentro da linha de impermeáveis com Goretex, além de ter um perfeito enlace do tornozelo e contar com um solado muito resistente e flexível ao mesmo tempo. Apesar disso, seus solados descolaram e elas foram reprovadas. Entrei em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor e após uma série de trâmites, as botas foram finalmente enviadas para análise (semana passada), cujo parecer ainda não foi concluído. De qualquer forma, o prazo previsto para o desfecho com a possível substituição das mesmas não inviabilizará o Mochilão Austral. Em último caso, posso considerar a utilização de qualquer outro bom par de botas que tenho em casa.

Outro destaque foi a aquisição do fogareiro OmniFuel da Primus, juntamente a sua garrafa de combustível  feita em alumínio, com capacidade para 350ml. Pesando cerca de 330g, o fogareiro é muito prático e dobrável, ocupando pouco espaço na mochila, corespondendo a um excelente equipamento para viajar e acampar em qualquer país, pois utiliza diversos tipos de combustíveis líquidos derivados de petróleo, além de também poder utilizar os cartuchos de gás com válvula do tipo Tekgás. Veja aqui um vídeo demonstrando o uso do Omnifuel.

Na lista de novas aquisições também estão um par de polainas Mammut impermeáveis, uma garrafa de policarbonato inquebrável de um litro da marca Nalgene, uma caixa de ovos plástica inquebrável, um poncho, um saco estanque de 16 litros da Montana, além de dois cartuchos tekgás da Nautika de 230 gramas com válvula. A maior parte das encomendas ainda está por conta dos correios, e espero que o grande fluxo de mercadorias, normal no final de ano, juntamente com a hipótese de uma greve geral, não inviabilizem os testes que tenho em mente realizar antes da viagem.

Apesar de ter lido todo o trecho do livro-guia que trata dos países a serem visitados, estudado a posição das cidades e disposição das estradas no mapa da América do Sul (sobre o qual dormi diversas vezes) e ter recebido muitas "dicas quentes" de mochileiros que tem me visitado e que passaram pela região recentemente, o roteiro permanece meio que aberto. Apenas tenho uma idéia de rota a seguir, cidades, atrações e parques ecológicos que quero visitar. De qualquer forma irei resumir e pôr alguma coisa no papel nos próximos dias.

A grande novidade foi utilizar uma balança digital com a qual todos equipamentos foram pesados e em seguida tudo foi listado numa planilha excel. Na medida em que ia habilitando a quantidade de cada coisa a levar, havia construído um "check list", que me dizia ao final o peso exato que a mochila teria depois de montada. Depois de alguns ajustes, cheguei à incrível previsão de 17kg, mesmo peso inicial do Mochilão Inca. Daquela vez estava levando uma garrafa de vinho e duas pequenas de cachaça, produtos da Bahia para dar de presente. Mas de qualquer forma, agora estarei levando mais equipamentos, pois irei passar mais tempo em regiões frias, e provavelmente mais frias que nos andes bolivianos e peruanos. Agora estou pensando no que levar de presente para os amigos que farei no caminho.

Espero conseguir cuidar de todas pendências para poder embarcar nesta nova aventura. Irei postando as novidades aqui, na medida em que as coisas forem acontecendo.

Grande abraço!!
Alberto
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Viajando - Visa Travel Money

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O transporte de valores sempre foi um problema muito sério a ser considerado pelos mochileiros de todo o mundo. Alguns anos atrás surgiu um cheque específico para isto, o Visa Travel Cheque, que era nada mais, nada menos que um cheque impresso no nome do aventureiro e com valores estabelecidos previamente. Os cheques eram descontados em agências de câmbio (ou agências bancárias habilitadas para esta função) e eram sacados mediante apresentação do passaporte e assinatura que tinha de ser feita na presença do operador do caixa.

Atualmente o Visa Travel Cheque vem sendo substituído pelo Visa Travel Money, que é um cartão recarregável em moeda estrangeira. No Brasil algumas operadoras de câmbio já estavam disponibilizando este serviço sem taxa de manutenção, mas que cobrava U$2,50 para cada saque realizado, a exemplo da Confidence Câmbio e do Banco Rendimento. As transações feitas na opção débito também são possíveis, mas nas compras feitas no extrangeiro normalmente cobra-se uma taxa (aproximadamente 10% do valor da compra, como se a compra fosse a crédito). No caso do Visa Travel Money emitido pela Confidence, além do preenchimento de um cadastro, cobrava-se (no final de 2009) R$10,00 pela confecção do cartão e era obrigatório a recarga imediata de U$100,00, além de que no caso de inatividade por 12 meses, passa a incidir uma taxa administrativa mensal no cartão.

Normalmente, três opções de moeda estão disponíveis (euro, dólar norte americano e libra) e os saques são realizados em caixas eletrônicos automáticos espalhados pelo mundo (em moeda local) e debitados após conversão feita pela agência operadora do cartão. Alguns terminais eletrônicos disponibilizam o saque de dólares norte americanos. No caso da Confidence é necessário a impressão de um cartão específico para cada tipo de moeda solicitada.

Agora o Banco do Brasil está inovando ao disponibilizar o Ourocard Visa Travel Money que conta com a opção de dólar norte americano e euro. A proposta é tornar o serviço mais ágil e cômodo para os seus correntistas, aliás, o serviço só está disponível para clientes do banco.

Na primeira carga é necessário ir a uma das agências com  a função de câmbio e solicitar o dinheiro virtual ao invés de papel e cadastrar uma senha para utilizar o mesmo cartão que já utilizamos nas funções débito e crédito. Para recarga será possível utilizar o auto-atendimento (telefone) e dentro de algum tempo o banco irá disponibilizar a opção de recarga através da internet. Vou aproveitar que a cotação do dólar está baixa para dar uma passadinha em uma agência do BB para conferir o serviço e quem sabe, fazer minha primeira carga, visando o Mochilão Austral.


Para aqueles que planejam viajar e estão economizando, vale ficar sempre ligado nas cotações das moedas extrangeiras e fazer as recargas com bastante antecedência para aproveitar as melhores cotações e ficar tranquilo, pois o dinheiro virtual não tem prazo de validade. Outra dica é pelo menos uma vez no ano fazer uma operação de débito para certificar-se do pleno funcionamento do cartão e também evitar a incidência de taxas. Agora, a dica mais quente, durante o Mochilão Inca no início de 2010, descobri que a maioria dos terminais automáticos cobravam uma tarifa extra pelos saques realizados, o que varia de acordo com a rede administradora do terminal eletrônico.  De qualquer forma, encontrei a rede Bisa na Bolívia que não cobrava taxa adicional por saque. No Perú creio que havia também uma rede que não cobrava, mas na Argentina e no Chile sempre havia a bendita taxa extra e neste último, o valor era de absurdos U$5,00 a cada saque. Sendo assim, o mochileiro precisa ter uma boa programação, de forma a fazer o mínimo de saques possíveis, de forma a não comprometer o bolso nem  a sua segurança e, com bom senso, é melhor pecar por sobra que por falta, pois ao cruzar qualquer fronteira, o valor remanescente pode ser negociado em qualquer agência de câmbio local.
Saudações,
Alberto
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