Viajando aprendemos bastante sobre o lugar de onde viemos e fazemos muitos amigos (inclusive outros viajantes), o que nos estimula a seguir viagem rumo a suas cidades para conhecê-las. O problema é que não podemos nos demorar, mas quando voltamos às nossas casas, temos mais motivos para rever estes amigos, assim, passamos a trabalhar em novos roteiros de viagens e nos lançamos com mais energia em todos os nossos demais projetos. - Alberto Jr.

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Belém e Maraba - Pará, Brasil

O nosso aventureiro foi escalado para participar 45 Congresso Brasileiro de Geologia, e seguiu para Belém/Pará no dia 25 de setembro. Dentre diversas programações e palestras geológicas, ele teve a oportunidade de reencontrar muitos amigos do curso de geologia que já não via a anos. Tivemos a oportunidade de almoçar juntos e de sair pra beber após serem encerradas as atividades. Provamos alguns pratos típicos como carurú e vatapá paraenses, pato no tucupi e a famosa caldeirada de filhote com mariscos. Destaque vai para a pimenta "cereja" como a mesma foi batizada por nós no Restaurante da Duque, que fica na avenida Duque de Caxias, próximo do Hangar, local onde ocorreu o congresso.


Fiquei muito impressionado com o porte da cidade e sua estrutura, sendo que chama atenção a largura das avenidas e a grandiosidade dos prédios em estilo colonial, remontando à força do ciclo da borracha. De um modo geral, a cidade dispõe de um razoável sistema de transportes, mas um ponto negativo marcante observado foi a relativa falta de educação dos condutores, que na maioria das vezes adotam um perfil bastante agressivo e pouco cortês, no volante, conseguindo superar os condutores soteropolitanos  neste quesito. Não pára por aí, ocasionalmente esta característica leva os condutores de Belém a assumirem uma postura até irresponsável no trânsito, brecando muito próximo dos demais veículos e furando semáforos e mudando bruscamente de faixa sem qualquer sinal prévio.



Tive a oportunidade de conhecer pontos turísticos como o o Mercado Municipal do Ver o Peso onde são comercializados diversos tipos de artesanatos e também são servidas comidas típicas e onde tem lugar uma feira livre.




Me impressionei com a beleza do Ver o Rio, ponto turístico alternativo que só conheci graças ao contato com uma nativa por nome Layla Santos com a qual fiz contato por meio do Couch Surfing. Ela também me mostrou outros lugares muito legais na cidade como o Teatro da Paz e me apresentou um monte de seus amigos. Reunião muito legal foi a que fomos no bar The Beattles, muito bem decorado com um monte de capas e discos de vinil e onde ouvimos muita música de qualidade.




Visitei também a praça principal, onde ocorre uma grande feira livre aos domingos e onde diversas famílias se reúnem nos gramados abaixo das árvores (no estilo pic-nic), deixando suas crianças livres para brincarem à vontade. Ali encontrei uma banca de livros usados, onde comprei 3 livros de bolso em inglês (R$5,00 cada), destaque para The Animal Farm de George Ornwell, o mesmo autor de 1984.


Quanto às bebericadas à noite, destaque vai para o Restaurante Spazzio Verde, casa de shows Terranostra e o famoso Estação das Docas, um espaço idêntico às Docas existentes no bairro Comércio, cidade baixa de Salvador, mas que teve uma boa parte "reformulada", tendo perdido as funções portuárias e hoje é um local requintado muito semelhante ao Puerto Madero, bairro portuário de Buenos Aires. Na Estação das Docas estão expostas peças encontradas durante pesquisas arqueológicas nos entornos e no fundo do rio. Além disso, lá esistem diversos stands e lojas, bem como restaurantes e bares, com destaque para a cervejaria artesanal local Amazon Beer, uma das mais gostosas do Brasil, e que conta com 5 versões de chopp, com ingredientes e graduações alcoólicas diferentes para atender aos mais exigentes paladares. Cada prédio da Estação das Docas conta com um palco suspenso e móvel onde ocorrem apresentações de música ao vivo, estilos MPB e pop-rock.
A cidade ainda conta com a Cerpa, cerveja local muito apreciada e de paladar suave e que conta com uma versão exportação.
Ao finalizar o congresso, tomamos um avião para Marabá/Pará, onde encontrei outros geólogos e professores que estavam inscritos numa excursão pela maior província mineral que o mundo conhece, a Província de Carajás. Visitamos também minas de cobre, ouro e ferro da Vale do Rio Doce, fechando com chave de ouro a atividade.
Durante aquelas excursões fomos agraciados por alguns belos pôres-do-sol, que de certa forma nos faziam esquecer que naquela semana que passamos na porção sudeste do Pará só havíamos visto áreas de pasto e queimadas e que a única área com mata preservada correspondia à reserva florestal dos Carajás, mantida pela Vale do Rio Doce perto da Mina de Ferro de Carajás, maior mina de ferro do mundo. Fiquei muito triste com aquela observação e ao mesmo tempo tentado em empreender uma aventura para desbravar o mais rápido possível a região norte do país.

Fiz contato com professores da UERJ, USP e Rural do Rio, trocamos muitas informações geológicas e batemos muito papo e fiquei muito feliz em descobrir que eles também tiveram a oportunidade de mochilar pelo mundo afora. Recebi muitas dicas do prof. Cláudio o qual também me falou sobre as diversas expedições que fez para a Antárctica, como parte do programa nacional de pesquisa Proantares. Fiquei muito interessado em participar de algum tipo de trabalho nesta linha. Quem sabe futuramente poderei escrever algo a partir do continente mais frio do planeta??

Grande abraço,
Alberto

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